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Índice


The NA Way Magazine, publicada em inglês, francês, alemão, português e espanhol, pertence aos membros de Narcóticos Anônimos. Sua missão, portanto, é oferecer informações de recuperação e serviço, assim como entretenimento ligado à recuperação, que trate de questões atuais e eventos relevantes para cada um de nossos membros, mundialmente. Em sintonia com esta missão, a equipe editorial está dedicada a proporcionar uma revista aberta a artigos e matérias escritas pelos companheiros do mundo todo, e com informações atualizadas sobre serviço e convenções. Acima de tudo, é uma publicação dedicada à celebração da mensagem de recuperação – “que um adicto, qualquer adicto, pode parar de usar drogas, perder o desejo de usar, e encontrar uma nova maneira de viver.

The NA Way “Manual do Proprietário”

The NA Way Magazine é uma revista de serviço e variedades, dirigida ao membro de NA. Além dos relatórios-padrão dos serviços mundiais, o seu conteúdo editorial abrange desde experiências pessoais de recuperação, passando por humor e nostalgia, até pontos de vista sobre assuntos do interesse de NA como um todo. Buscamos um espírito de unidade e respeito mútuo, sem nos abstermos de controvérsias, quando é oferecida uma solução construtiva. Recebemos artigos nos mesmos idiomas em que publicamos as edições da The NA Way: inglês, francês, alemão, português e espanhol.

Todos os originais estão sujeitos a um processo de revisão e edição, e deverão vir acompanhados do documento de Cessão de Direitos Autorais, assinado.

Estes são os critérios para publicação nas diversas seções da revista:

Artigos
Qualquer matéria, incluindo relatórios sobre assuntos atuais ou eventos de NA, ensaios históricos documentando o surgimento de NA em uma área, região ou país. Favor enviar primeiro um pedido de informações. Máximo: 2500 palavras.

Partilhas
Experiência pessoal de recuperação, de 500 a 2000 palavras.

Parábolas
Textos ficcionais, nos quais o autor ilustra um princípio espiritual ou algum tipo de lição relativa à recuperação. Máximo: 1500 palavras.

Guarde bem
Os grupos de NA estão convidados a enviar fotografias de seus locais de reunião. Agradecemos, especialmente, que nos mandem fotos com o formato das reuniões, literatura de recuperação, posters – e qualquer coisa que faça a sala de reunião parecer “viva”. Infelizmente, não podemos usar retatos que identifiquem companheiros de NA.

Humor
Recortes de boletins de NA (incluindo material da The NA Way Magazine), erros de leitura da literatura de NA em eventos etc. Outros artigos humorísticos podem incluir uma lista dos “dez mais”, paródias sobre a literatura de NA e questionários de múltipla escolha. Máximo: 1000 palavras.


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Prepare-se para
San Jose!

Para setembro, durante a WCNA-27, 
é esperada a maior reunião de NA jamais realizada

Ao término do verão deste ano no norte da Califórnia, milhares de adictos de todo o mundo começarão a chegar.

Poderia ser uma reedição dos anos sessenta? Uma reunião do Verão do Amor? Não, mas, por pouco. Trata-se da Vigésima-Sétima Convenção Mundial de Narcóticos Anônimos!

Até 1996, a convenção mundial foi um evento anual. Agora, acontecerá, apenas, de dois em dois anos. Talvez por este motivo os companheiros estejam ansiando esta convenção com mais entusiasmo do que jamais fora antes demonstrado em uma convenção mundial.

Os pedidos de inscrição começaram a inundar o Escritório Mundial de Serviço, algumas horas após a distribuição, para a irmandade, do folheto da convenção. O ritmo de inscrições supera em cerca de vinte por cento o da 24.ª Convenção Mundial, realizada em 1994 em Baltimore, Maryland. Até o momento, esta fora a maior convenção mundial, com 10.597 pagantes, e cerca de 2.400 inscrições de recém-chegados. Esperamos que a convenção mundial de San Jose supere, em muito, estas cifras. O tema da convenção, “Nossa Diversidade é Nossa Força”, estará bem representado pela total variedade dos adictos participantes.

Para quem já participou de uma convenção mundial, não são necessários maiores esclarecimentos. Porém, até mesmo os veteranos freqüentadores de convenções mundiais ficarão surpresos com a de San Jose. Esperamos que a reunião principal de sábado à noite, a ser realizada na Arena San Jose, seja a maior reunião de Narcóticos Anônimos jamais realizada. Imagine 20.000 adictos reunidos em um estádio de hockey profissional. Se a exuberância e variedade na contagem regressiva não levarem você às lágrimas, certamente, o momento de silêncio que antecede a oração de encerramento, levará.

Mais uma vez, haverá conexões telefônicas ao vivo com comunidades de NA do mundo todo, durante a Comemoração do Dia Mundial da Unidade. As comunidades locais de NA poderão ouvir a reunião de sábado à noite do começo até o fim, e também participar da convenção. A comemoração também inclui uma “mega Sétima Tradição”. Os recursos arrecadados serão destinados diretamente aos serviços mundiais, para ajudar a levar a mensagem em todo o mundo.

San Jose é a décima-primeira cidade dos Estados Unidos em tamanho, o que nos leva a crer que seja uma grande cidade. Em termos de população, isto é verdade. Sua atmosfera, contudo, faz lembrar a de uma pequena cidade.
 
 
Será maior – e deverá ser melhor, também

Até 1992, conseguíamos nos alojar confortavelmente em dois ou três grandes hotéis, podendo realizar a reunião principal em um dos salões do hotel. Às vezes organizávamos até um banquete no sábado à noite, no mesmo salão da reunião principal. 

Como a freqüência aumentou muito, passamos a reunião principal para centros de convenções. Mesmo lá ficava impossível a logística do serviço de catering da maioria das empresas do ramo, para servir um jantar sentado para alguns milhares de participantes.

Chegamos ao ponto de ocupar um bloco de quartos em cada hotel das redondezas. Descobrimos que nem mesmo os maiores salões de alguns centros de convenções comportavam nossa reunião principal. Passamos a utilizar enormes arenas, onde os banquetes foram ficando apenas na nossa lembrança. Nenhuma empresa em sã consciência toparia servir nem mesmo um punhado de amendoim para tamanha multidão!

Passamos a ser uma irmandade que conseguia consumir US$ 50.000 em café expresso ou cappuccino, US$ 17.000 em balas e doces a peso e US$ 12.000 em limonada e bolinhos, esgotando os recursos e mantimentos de todos os restaurantes locais.

A convenção mundial de Baltimore operou uma mudança significativa no conceito de convenção mundial da irmandade. Até então, muitos compartilhavam da opinião de que a convenção mundial tornara-se uma espécie de convenção regional gigante – ou que talvez as convenções regionais estivessem tornando-se mini-convenções mundiais. De qualquer maneira, os organizadores da convenção mundial perceberam que ela deveria ser uma celebração especial da nossa recuperação, e uma demonstração da nossa unidade como irmandade. Deveria conter elementos não encontrados em qualquer outro evento. Assim, começou o planejamento para a consecução desse objetivo.

Primeiro e acima de tudo, os organizadores concentraram-se nas reuniões de recuperação, buscando acrescentar algo de especial à já tradicional mistura de reuniões principais de oradores, realizadas todas as noites, e as oficinas, durante o dia. Uma das novidades foi a inclusão de um painel de oradores de todo o mundo na reunião final da convenção, no domingo pela manhã. Seguindo a trilha da Celebração do Dia da Unidade no sábado à noite, quando os participantes de mais de trinta países se levantarão para serem identificados, os oradores levarão para casa a certeza de que a recuperação em NA transcende os limites geográficos e culturais.

O conceito de “oficinas” também foi ampliado, englobando questões ligadas ao serviço ou temas que a irmandade venha enfrentando. No passado, esses temas incluíram a questão do HIV e da AIDS, preconceito e a definição de abstinência pela irmandade. Neste momento, ainda não foi realizada a definição final dos temas das oficinas da WCNA-27; mas, certamente, girarão em torno das questões mais importantes em NA, atualmente.

Novamente, teremos uma representação do WSO no local, repetindo o escritório montado pela primeira vez na WCNA-26 em St. Louis. Os companheiros poderão visitar esse escritório temporário, registrar seus grupos ou atualizar suas informações cadastrais. Também estarão disponíveis outros serviços do WSO, e funcionários para responder perguntas sobre o WSO e como o serviço prestado pode ser de utilidade para os membros, grupos e comitês de serviço. Haverá exemplares da NA Way disponíveis, e os companheiros poderão solicitar sua assinatura em qualquer dos idiomas em que é publicada.

O WSO está muito animado com a apresentação de uma exposição histórica. Incluirá algum material adquirido da herança de Jimmy K – escritos originais dos primeiros membros de NA, atas das reuniões de serviço, informações gerais sobre o começo da irmandade, e até mesmo algumas fotografias dos primeiros locais de reunião. O WSO também apresentará Milagres Acontecem: O Nascimento de Narcóticos Anônimos em Textos e Imagens. Será um tipo de livro de mesa ampliado, com cerca de 100 páginas, em cores.

E tem mais...
Mesmo antes do evento de Baltimore, os organizadores da convenção mundial criavam programas diferentes, dentro do tema da convenção. Na WCNA-17 em Nova Orleans estiveram entre as atrações um desfile de Carnaval, um baile de máscaras e um passeio de barco pelo Rio Mississippi. Na WCNA-23 em Chicago, Illinois, a convenção apresentou um concerto de blues e um show com o grupo de comediantes Second City Comedy Troupe.
 

A WCNA-27 seguirá a mesma linha, realizando uma festa inaugural do evento, estilo Anos Setenta, na quinta-feira à noite. Haverá uma empresa de roupas de época no local, oferecendo todo o tipo de acessórios – desde sapatos plataforma até pantalonas boca-de-sino. A música acompanhará o tema e terá Kurtis Blow como Mestre de Cerimônias e as divas das pistas Gloria Gaynor, Evelyn “Champagne” King, Thelma Houston e Kathy Sledge.

O show de sexta-feira à noite terá como atração o comediante Craig Shoemaker, o “Mestre do Amor” que, desde a sua performance na WCNA-26, já recebeu o Prêmio Americano de Comédia que contempla os principais comediantes do país; Craig é o apresentador da série “Nossa Geração” na VH-1. Craig foi um estrondoso sucesso em St. Louis e, com certeza, será recebido com o mesmo carinho em San Jose.

O sábado de manhã começará com o Jazz Breakfast com Larry Coryell e uma banda de super-estrelas composta pelos melhores músicos do jazz. E no sábado à noite acontecerá o que promete ser um evento único e íntimo, o concerto do legendário guitarrista Eric Clapton. Eric Clapton, fundador de bandas famosas no mundo inteiro, como o Cream, Derek and the Dominoes e Blind Faith, seguiu depois uma longa e distinta carreira solo. Foi por duas vezes incluído no Hall da Fama do Rock and Roll.

Além desses eventos pagos, existem muitas outras atividades que estão incluídas no preço da inscrição. Haverá uma festa dançante todos as noites da convenção. Algumas terão o som a cargo de um DJ; outras terão atrações ao vivo. Mais uma vez, haverá o coffee house todas as noites. Na quinta à noite, haverá show de Marty Balin, cantor e fundador das bandas Jefferson Airplain e Jefferson Starship. Na sexta à noite haverá a apresentação de Chuck Negron, a voz de Three Dog Night. A atração do coffee house de sábado à noite ainda não foi reservada, mas também será alguma performance de expressão nacional. Na hora do jantar de sexta-feira à noite haverá um Festival de Salsa, com comida e música latinas.

Outras atrações
A Corporação da Convenção Mundial negociou um desconto de trinta por cento no Parque Temático Great America da Paramount. Os preços, já com desconto, são US$ 21.50 para adultos e US$ 16.50 para crianças de seis anos ou menos. Leve a sua família para esta diversão de perder o fôlego!

Enquanto estiver no Norte da Califórnia, tire mais alguns dias para aproveitar um dos pacotes pré- ou pós-convenção em San Francisco ou Monterrey.

Coincidindo com a nossa convenção, a cidade de San Jose hospedará o “Festival de Talento em Tapeçaria”, um dos maiores festivais de arte e artesanato dos Estados Unidos. Normalmente, atrai mais de 100.000 visitantes. Oferecendo ainda comida e música internacional durante todo o dia de sábado e de domingo, o festival proporcionará aos participantes da convenção mais uma atividade de entretenimento.

É a sua
convenção mundial
Quer você decida ocupar cada minuto do seu tempo com diversão e recuperação e assistir a todos os eventos possíveis ou quer você entre no verdadeiro espírito da Califórnia – de relaxamento – esperamos que a sua ida à convenção mundial seja uma experiência marcante para toda a vida.

Sem medo de exagerar, tomaremos conta, virtualmente, da cidade de San Jose. A WCNA-27 será uma das maiores convenções realizadas na cidade; portanto, a nossa presença representará um grande negócio para os comerciantes e empresários locais. Pessoas, que de outra maneira jamais teriam ouvido falar em Narcóticos Anônimos, poderão nos ver de perto e conhecer a qualidade de vida resultante da nossa recuperação coletiva.

E então, isso é evento que se perca?


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Editorial

Não deixamos de reparar que nosso banco de dados às vezes se torna motivo de piada em nossa irmandade.

Certamente, não nos incomodamos por zombarem de nós vez por outra; entretanto, alguns aspectos de nosso banco de dados, quando levados a sério, podem nos beneficiar a todos.

Mudança de endereço: Nossa irmandade é composta por uma turma muito inconstante. Muitos de nós parecem trocar de casa como que troca de camisa. Brincadeiras à parte – por favor, avisem-nos quando mudarem de endereço. Se informarem apenas ao correio local sua nova morada, acabarão recebendo a correspondência – algum dia. Quando nos comunicarem essas alterações, pedimos que incluam nome completo, endereço anterior e o novo endereço.

Sobrenomes: Vejamos, quantas Susan existem em NA? Umas 150, segundo nosso banco de dados. Sabemos até alguns de seus sobrenomes. Por obséquio – anonimato em NA não significa manter seu sobrenome em segredo. Enviaremos sua correspondência em envelope pardo comum.

Códigos postais: Por favor, não esqueçam de informá-los. Por favor.

Assinaturas dos grupos: Os indivíduos podem receber a NA Way mediante solicitação. Mas os grupos precisam estar registrados junto ao WSO. Algumas pessoas acham injusto. Lamentamos, mas a coisa funciona desta forma. Se não fosse assim, nosso banco de dados estaria repleto de informações duplicadas, e teríamos a maior dificuldade para localizar um grupo. Você não sabe se o seu grupo está registrado? Se o seu grupo não receber a NA Way, provavelmente não está, ou seu registro encontra-se desatualizado. Recomendamos o uso das caixas postais das áreas como endereço para correspondência dos grupos, uma vez que são, normalmente, os endereços mais estáveis. Favor entrar em contato com o departamento de serviços à irmandade, ramal 771, para solicitar um formulário para registro ou atualização dos dados de seu grupo. Você também poderá copiar os formulários da página do WSO na Internet: http://www.wsoinc.com.

Tempo de espera: Você solicitou assinatura da NA Way, mas já se passaram quatro meses sem que você a recebesse. Teríamos extraviado o seu pedido? Possivelmente. Acontece de tempos em tempos; porém, o mais provável é que o tenhamos recebido logo após concluída a impressão das etiquetas de endereçamento da NA Way. Se for este o caso, seu nome não constará da edição atual e você somente receberá a edição seguinte da NA Way – três meses depois. Achamos que não é necessário que você espere tanto, por isso, enviamos uma revista atual quando você se inscreve; mas só podemos fazê-lo quando dispomos de revistas suficientes, após atendidos os atuais assinantes.

Calendário de eventos: A NA Way é publicada quatro vezes por ano, em janeiro, abril, julho e outubro. O prazo final para conclusão da listagem de eventos termina cerca de dois meses e meio antes do início do mês da publicação da revista. Por exemplo, se o seu evento for em março, você desejará que saia na edição de janeiro. Isto significa que precisaremos ser notificados até 15 de outubro. Se você nos avisar em cima da hora por e-mail, por favor, indique um número de telefone para contato, caso tenha omitido alguma informação importante. Se já tiver perdido o prazo para publicação na NA Way, poderá ainda querer que o seu evento apareça na página do WSO na Internet. Esta é atualizada em torno do dia primeiro de cada mês.

Parte da nossa missão de facilitar a continuidade e crescimento de NA implica assegurar que os companheiros recebam a NA Way em dia e que nossas listas de endereços estejam atualizadas. Contamos com a sua ajuda.

Cindy T, Editora

A revista The NA Way Magazine agradece o envio de cartas dos seus leitores. As cartas dirigidas ao editor podem ser em resposta a qualquer artigo publicado ou, simplesmente, algum ponto de vista sobre assunto em destaque na Irmandade de NA. As cartas deverão conter, no máximo, 250 palavras, sendo que nós nos reservamos o direito de editá-las. Todas as cartas têm de conter assinatura, endereço correto e número de telefone. Serão utilizados, como subscrição, o primeiro nome e última inicial, a menos que o autor da carta solicite anonimato.

The NA Way Magazine, publicada em inglês, francês, alemão, português e espanhol, pertence aos membros de Narcóticos Anônimos. Sua missão, portanto, é oferecer informações de recuperação e serviço, assim como entretenimento ligado à recuperação, que trate de questões atuais e eventos relevantes para cada um de nossos membros, mundialmente. Em sintonia com esta missão, a equipe editorial está dedicada a proporcionar uma revista aberta a artigos e matérias escritas pelos companheiros do mundo todo, e com informações atualizadas sobre serviço e convenções. Acima de tudo, é uma publicação dedicada à celebração da mensagem de recuperação – “que um adicto, qualquer adicto, pode parar de usar drogas, perder o desejo de usar, e encontrar uma nova maneira de viver.”

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Cartas dos leitores

Prezada NA Way,
Concordo, do fundo do coração, com os artigos a respeito das necessidades financeiras da irmandade, uma vez que seu atendimento tem sido um problema constante nestes oito anos que venho prestando serviço. Acredito que o problema já existisse muito antes disso. Minha preocupação, no entanto, é quanto aos dois primeiros números da nova NA Way, que traziam artigos desta natureza na primeira página. Temo que este tipo de matéria, constantemente na primeira página, acabe por desestimular as pessoas, assim como me desestimulei com a igreja, que sempre pedia contribuições. Ouvi adictos comentando o quanto o WSO e a WSC atiram essa questão financeira na nossa cara.

Não me ofendo com os artigos sobre dinheiro. Defendo que se fale sobre o assunto, porque sei das nossas necessidades no serviço regional e mundial; mas não as vejo sendo atendidas financeiramente. Acho válido estimular as pessoas a se aprofundarem um pouco mais, falando a respeito (mas não demais), e sendo um exemplo. Em meu grupo de escolha, não é incomum que as pessoas coloquem mais de um dólar na sacola. Na minha área, freqüentemente, as pessoas pagam somas bem altas pelos artigos leiloados. Em nossos serviços, quase sempre arrecadamos doações suficientes dos voluntários para cobrir o custo dos refrescos. Contribuo com esse “esforço de arrecadação de NA”, dando um pouco do meu dinheiro para NA por gratidão. Quero que todos os adictos possam obter esta dádiva maravilhosa que encontrei em NA. Tenho dinheiro para dar, hoje, não somente porque estou limpa e tenho um trabalho, mas porque sou muito menos egocêntrica.

Não gostamos quando ouvimos falar que deveríamos contribuir mais para a irmandade. Como adictos, preferiríamos ficar com mais dinheiro e comprar mais coisas. Também me sinto assim, mas sei que preciso apoiar a irmandade que amo. Ouvi pessoas dizerem coisas do tipo: “Por que precisamos realizar leilões e rifas durante nosso serviço para angariar fundos?” Ou “Nossos eventos não deveriam servir para arrecadar dinheiro; deveriam ser apenas oportunidades seguras para os adictos se divertirem.”

Em resposta a estes comentários, digo que os recursos da sétima tradição, quando a sacola é passada, raramente, cobrem as necessidades financeiras da irmandade. Se desejamos encontrar recém-chegados nas nossas reuniões, precisamos levar a mensagem de recuperação aos locais freqüentados pelos adictos na ativa – e isto custa dinheiro.

Sim, existem partes da nossa estrutura de serviço das quais não gosto, mas estou envolvida; e acredito na irmandade e na nossa maneira de prestar serviço. Não me importo de dizer às pessoas que, se não gostarem da forma como são as coisas, que então se envolvam e tentem modificá-las. Estamos todos aqui pelo mesmo motivo: recuperação. Podemos trabalhar nosso programa de formas diferentes, mas todos precisamos apoiar nossa irmandade. Se NA não existisse, nós, provavelmente, tampouco estaríamos aqui.

Andrea P, Wisconsin, EUA

Prezada NA Way,
Gostaria de responder à carta publicada NA Way de janeiro (Vol. 15, N.º 1), intitulada: “Vamos viver de acordo com os nossos princípios.”

O autor defendia a realização de reuniões de necessidades comuns nas convenções; que deveria haver reuniões especiais para gays e lésbicas. O que o autor pensaria de alguém que defendesse a criação de reuniões ”só para machões”. Assustador, não?

Quando cheguei a NA, ensinaram-me a focalizar as coisas que nos unem, não as nossas diferenças. Disseram-me que isso não significava que fôssemos todos iguais, mas que estávamos trabalhando por um objetivo comum, e que NA abarcava todos os seus membros.

No início da minha recuperação conseguia ver apenas o que me separava dos demais. Não havia sido preso. Tenho educação. Sei falar, comportar-me e me relacionar bem. Tudo isso me fazia sentir diferente. Na minha adicção ativa, utilizava-me destes argumentos para me convencer de que eu era um tipo diferente de adicto. Não usava como os outros. Comprava a minha dose com mais ”elegância”. Eu era melhor, mais bonito, mais esperto e menos viciado. Foi muito difícil perceber que, afinal, não era tão diferente assim, que não era melhor nem pior. A princípio, eu nunca me identificava, ficava isolado com a minha fantasia, buscando apenas as diferenças.

Hoje sou muito mais feliz, pois sei que não sou tão diferente assim. Como é bom poder freqüentar uma reunião onde há pessoas brancas, negras, morenas e amarelas, homens e mulheres, tanto hetero como homossexuais, ricos e pobres. Que bom poder me identificar com todos eles, porque, afinal de contas, somos todos adictos e, em última análise, humanos.

Você falou que há homofobia? Sim, eu sei disso, mas também existe racismo e outros preconceitos que, nem por isso, levaram as pessoas a solicitarem reuniões especiais. Existe ódio, violência e muitos outros defeitos de caráter que, todos nós, humildemente, pedimos a Deus que remova. Se fôssemos perfeitos, não precisaríamos ir a reuniões ou estar em recuperação.

Quando vou a reuniões de “entendidos” ou “gays e lésbicas”, sinto-me discriminado. Mesmo não tendo esta intenção, deixam claro que a minha presença é indesejada, que o mais importante é a minha opção sexual, que existem outras considerações além do fato de sermos adictos e de termos o desejo de parar de usar. Sinto tristeza, vergonha e, acima de tudo, muita revolta por me sentir posto de lado, separado e segregado. Gays e lésbicas nunca representaram uma ameaça para mim; mas parece-me que sou uma ameaça para eles, por não admitir a segregação.

Se você se incomoda com pessoas diferentes, trabalhe o problema. Se tem dificuldades de aceitação, trabalhe o problema também. Se seu padrinho tiver o mesmo problema que você e não puder ajudá-lo, arranje outro e, por favor, não dê tanta importância ao fato de ser homossexual. Entre em sintonia com o mundo e perceba como somos insignificantes. No fim das contas, nossas tendências sexuais não têm a menor importância.

Pablo S, Espanha


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Partilhas

Violência

Fiquei horrorizada, na primeira vez em que conduzi uma reunião temática. Ainda não tinha um compromisso com NA (apesar de saber que seria politicamente correto), e temia cometer algum deslize e ser destratada. Acreditava ser responsável por todo o decurso da reunião.

Bem, achei que me saí bem na minha partilha (baseada no que os outros pensariam de mim, e não na minha recuperação); então, convidei um recém-chegado a falar. O cara estava muito chateado porque, na noite anterior, tinha vindo a uma reunião e um sujeito o havia desrespeitado, dando-lhe um abraço, como se ele fosse algum tipo de... Então, o recém-chegado sacou uma faca e começou a “partilhar” em detalhes o que ele faria naquela noite, após a reunião, à pessoa que o abraçara.

Ninguém se pronunciou a respeito daquilo. A reunião continuou girando em torno do tema, até que o companheiro ameaçado partilhou sobre medo. O recém-chegado saiu, e não matou o companheiro mais antigo (ele já morreu, mas isso é outra história).

Ao longo dos anos, nesta irmandade, todos já perdemos amigos e pessoas queridas. Às vezes penso que tenho mais amigos mortos do que vivos. Chego a acreditar que sei “como lidar” com as perdas ou que já “resolvi” a questão da minha própria mortalidade. Porém, toda vez que recebo a notícia da morte de algum companheiro de NA, percebo que ainda não sei muito a respeito de perdas e mortalidade.

Um exemplo disso foi a notícia de que o tesoureiro da WSC do ano passado fora raptado e assassinado em Porto Rico, onde estava participando de uma convenção. O que mais me entristeceu nesta perda foi sua morte violenta enquanto prestava serviço a NA (ainda mais por todo o papo que houve em torno do assunto). Quando recebi a notícia, lembrei-me da sensação daquela reunião com o cara da faca. É limitada a proteção que podemos proporcionar uns aos outros, e a proteção que nos confere estarmos fazendo a coisa certa. Mesmo em NA, estamos vulneráveis. As ruas não se foram, só porque as deixamos. Mesmo em recuperação, a violência ainda faz parte da nossa experiência.

Um comentário recente de um companheiro, defendendo um ato violento de uma pessoa (porque ele podia se identificar com a dor daquela pessoa) levou-me a pensar naquele ato aleatório e na nossa experiência enquanto irmandade. Temo pelas pessoas cujas vidas são afetadas pela inesgotável fúria e violência instintiva que muitas vezes acompanham nossa doença. Preocupam-me, sinceramente, aqueles que dizem “Tentaram fazer reparações, mas...” Preocupo-me com as pessoas vulneráveis que confundem intransigência com firmeza. Temo, sobretudo, que fracassemos em nos defender da violência – física ou emocional – por solidariedade com a dor do criminoso.

Nossa capacidade, como adictos, de compreender a dor e o sofrimento das pessoas que feriram outras pessoas pode representar uma das características mais notáveis do “valor terapêutico”. É um dos motivos da partilha do Quinto Passo ser maravilhosamente libertadora. Entretanto, essa capacidade tem de ser acompanhada pela firme recusa em tolerar a violência como contínua forma de vida, especialmente nas nossas reuniões ou entre nós.
Quando um de nós morria, nós nos reuníamos na tristeza e, quando começávamos a conversar, às vezes partilhávamos mais do que apenas nossas mais carinhosas lembranças. Já fui a cerimônias religiosas pela passagem de companheiros de NA, onde parte das homenagens foram comentários fortes e sentimentos exaltados. Às vezes partilhávamos tais sentimentos, para sepultar a raiva juntamente com o companheiro; mas sempre havia uma sensação de que aquilo ocorria em espírito de irmandade, ou mesmo familiar. Despejávamos aquelas coisas porque nos sentíamos seguros para fazê-lo, e porque nos ajudava a superar a perda.

Contudo, isto não é ser condescendente com a violência. Não é uma forma dissimulada de desconsiderar os sentimentos dos outros. É diferente de se fazer pouco caso da dor alheia. Estes comportamentos não nos cabem. Não são aceitáveis. Quando vejo alguém ser complacente com a violência, não digo para mim mesma ou para os outros que “eles vão melhorar um dia”. Eu digo, alto se necessário for, que não se pode fazer isso aqui – da mesma forma como já disse que não podiam usar pins com suásticas nas reuniões. Assim como nós agora dizemos às pessoas que não podem trazer armas ou objetos para uso de drogas às reuniões. Não é direito comprometer a segurança dos nossos companheiros. Não está certo tratar as pessoas como se não nos importássemos com elas.

Hoje, vivemos com dignidade. Tratamos nossos companheiros de irmandade com respeito. Qualquer coisa aquém disto é inaceitável. E não faz parte de NA.

Andrea L, Pensilvania, EUA

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Uma chave para
cada parafuso

Ouço dizer nas reuniões que não somos únicos. É verdade que todos nós sofremos da doença da adicção e que encontramos uma solução em comum através do programa de Narcóticos Anônimos. Também é importante ressaltar que nenhum de nós é tão diferente dos demais, a ponto de tornar inalcançáveis a libertação da adicção ativa ou a oportunidade de uma nova maneira de viver.

Acredito ser igualmente importante perceber-nos como indivíduos. Somos pessoas com diferentes pontos fortes e fraquezas, defeitos e qualidades distintos. Chegamos ao programa em diferentes estágios da nossa doença e com níveis de rendição e boa vontade diversos. Alguns de nós parecem recuperar-se rapidamente, enquanto outros seguem um processo lento e firme, que consiste, basicamente, em ficar limpo e dar pequenos passos em direção à recuperação.
 
Um dos meus lemas favoritos, no início da recuperação, era: “Existe uma chave para cada parafuso.” Significava, para mim, que não importava o quanto eu me sentia diferente, encontraria alguém com quem me identificasse. Descobri que, quando partilhavam honestamente sua experiência, força e esperança, do fundo do coração, as pessoas não se encaixavam sempre em um tipo único de mensagem de recuperação. Também percebi que a prática do princípio da mente aberta me ajudava a aprender mais com aqueles cuja experiência e forma de pensamento eram diferentes da minha.

Muitas pessoas do programa acreditam existir apenas uma única mensagem de Narcóticos Anônimos. Na minha experiência, temos todos o mesmo tema em comum, mas existem tantas mensagens quanto há adictos. Acredito que seja nesta riqueza e diversidade que resida nossa verdadeira força e esperança de que nenhum adicto em busca de recuperação precise morrer.

Rich McC, Califórnia, EUA

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Como aprendi a superar o meu medo,
e amar os machões trogloditas de NA

Como você pode depreender do título deste artigo, descobri que o senso de humor é mais importante para a minha recuperação e paz de espírito do que quase qualquer outra coisa.

Por exemplo, não conheço essa garotada sensível dos anos noventa, com rabo de cavalo. Já ouvi falar neles, mas não os vi ainda. Talvez eu deva freqüentar as reuniões na cidade, ao invés de ficar sempre nos subúrbios. De qualquer maneira, os homens com quem eu me relaciono (inclusive o meu marido) são dos anos sessenta; chamam as mulheres de “garota” e acham que nossa maior ambição seja o artesanato doméstico.

Também presto serviço com esses caras. Aliás, passamos a ser amigos durante nosso reinado de terror à frente do comitê executivo do CSA. Hoje, quando alguma dessas delicadas e bem-intencionadas criaturas determina, automaticamente, que as mulheres devem realizar as atividades do comitê ligadas a cozinha ou limpeza, e atribuem os serviços divertidos e interessantes aos adictos com um cromossoma “y”, eu digo alguma coisa do tipo: “Enfia uma maçã nessa sua boca de porco chauvinista.” Tudo se esclarece e consigo me fazer entender. É mais eficaz do que usar minha camiseta de ativista feminista e conclamar a luta armada em todas as reuniões de serviço.

Vamos encarar os fatos. NA não é uma espécie de refúgio utópico aonde nos recolhemos quando não conseguimos mais lidar com as drogas. Os males da sociedade não ficam suspensos quando entramos em nosso grupo de escolha (apesar de não serem tão flagrantes por lá). Nossa porta está aberta para qualquer um que tenha o desejo de parar de usar. As pessoas que buscam ajuda em NA, muitas vezes, percorreram caminhos onde os únicos faróis foram visões preconceituosas e estreitas. E você, estava preocupado com justiça social na sua primeira reunião? Eu não.

Para mim, o perdão é parte integrante da sanidade quando se permanece em NA, sem contar que me remete à minha participação nas situações da minha vida. Não sou uma pessoa inocente. Já chamei os homens de nomes muito piores do que eles me chamam. Além disso, eu detenho a responsabilidade final pelo que ocorre na minha vida.

Quando fiquei limpa, eu era uma mãe sozinha com um filho para criar. Meu marido, na época, ainda usava, não dava um tostão para sustentar a criança, e não aparecia na maioria das vezes em que era necessário. Eu ficava revoltada. Tinha todo o direito de ficar. Eu o responsabilizava por vivermos muito abaixo do nível de pobreza. Chorava e me descabelava e continuava vivendo daquela maneira. Tentava transferir a responsabilidade pelas nossas vidas para o outro, mas o preço desse meu defeito de caráter foi muito mais elevado do que eu podia suportar. Tive de superar este comportamento, ou continuaria sendo sempre a vítima. O meu mantra passou a ser aquela passagem do Texto Básico que diz: “Pela nossa incapacidade de aceitar responsabilidades pessoais, acabávamos criando nossos próprios problemas.” Tinha de me convencer, de minuto em minuto, que o oposto também era verdadeiro: Se aceitasse responsabilidades pessoais, eu pararia de criar meus próprios problemas.

Parei de gastar o dinheiro que não podia. As convenções representavam uma extravagância. Mas podia ir às festas – de vez em quando. Colocava o que era possível na sacola da Sétima Tradição. Comprava nossas roupas em lojas de artigos usados. Ia à biblioteca, ao invés de comprar livros. Sempre que podia, fazia horas-extra.

Não era tão ruim assim. Havia mulheres de NA maravilhosas na minha vida. Fazíamos tanto com tão pouco. Realizávamos festas, só para comemorar estarmos vivas. Nós nos reuníamos na casa de alguém para conversar sobre recuperação, brindando a nossa amizade com taças de suco. Jogávamos baralho e falávamos bobagens. Libertávamos nossa alma e cicatrizávamos nossa dor através do amor e aceitação com que eram acolhidas nossas revelações. Foram algumas das melhores noites de toda minha vida – bem melhores para o meu espírito do que a mais cara das noitadas.

Sim, de fato existe discriminação sexual em NA – e milhares de outras crueldades que impomos uns aos outros. Se parto do princípio de que não é intencional, na maior parte das vezes, sinto-me menos vitimada e, apenas, como mais um adicto tentando aprender a viver.

Barbara G, Califórnia, EUA

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Crescimento

Recentemente, descobri uma coisa que me levou a crescer por um caminho inesperado.

Limpo há três anos, percebi que algumas pessoas contribuem para o meu crescimento, enquanto outras me fazem crescer. Partilhei a revelação com o meu padrinho; ele apenas sorriu. Também partilhei com outros companheiros de maior tempo de recuperação; gostaram do que eu falei.

Havia um membro da minha irmandade local que fora eleito coordenador de um subcomitê, responsável por organizar um evento. Assisti a algumas reuniões do subcomitê, voltando sempre para casa consumindo-me em ressentimento pelo tal sujeito. Pelo meu julgamento, era a pessoa menos capacitada que eu conhecia para cumprir tal tarefa.

O evento aconteceu, mesmo assim. Em nenhum momento o coordenador se colocou em evidência. Deixou esse papel a cargo das pessoas que, ao contrário de mim, o ajudaram durante os longos meses de planejamento e árduo trabalho. Esteve ocupado durante todo o evento, correndo de um lado para o outro, preenchendo todas as lacunas que surgiam.

Duas semanas depois, o coordenador apresentou ao CSA seu relatório final, que demonstrava, sem sombra de dúvida, ter sido aquele um sucesso sem precedentes na nossa área. Como sou RSG, estive presente. Aquilo me desarmou. Eu o parabenizei publicamente, agradecendo a lição de humildade que recebera durante o evento. A partir de então, tomei um rumo inesperado.

Em primeiro lugar, percebi mais do que nunca que o orgulho não era um problema para mim, mas que a humildade era. Cheguei à conclusão de que as pessoas me farão crescer, quando resistir ao aprendizado das lições que o meu Deus amoroso tem para mim. Finalmente, o que quer que o meu Deus amoroso escolha, acontecerá da maneira como Ele decidir.

O melhor da lição que aprendi é que o coordenador e eu nos tornamos grandes amigos. Nunca perco uma oportunidade de lhe dizer o quanto eu o amo.

Michel B, Quebec, Canadá


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Mulheres no serviço

Recentemente, realizamos um debate no meu grupo de escolha sobre as mulheres em serviço. Tenho fé que algum dia não precise mais haver este tipo de debate.

Não me sinto tratada com igualdade quando presto serviço a NA. Será a minha voz interior de vítima? Às vezes. Algo me suscita novamente emoções que costumava ter em resposta a determinadas situações do meu passado: gritaria, obscenidades e violência.

Entretanto, dizer que minhas orelhas são sensíveis demais – é discriminação sexual. Acreditem, minhas orelhas já ouviram de tudo. Quando um companheiro fica diante de mim aos berros – isso é desrespeito. Ser chamada de puta – é discriminação sexual. Muitas vezes vi os homens em serviço sendo considerados brilhantes e assertivos, quando o mesmo comportamento, vindo de uma mulher, seria considerado manipulação e controle.

Sei que necessito trabalhar minhas questões fora do serviço de NA. Preciso trabalhar minha insegurança e devo observar os momentos em que me vitimizo e aos outros. Ter a disposição de não atuar meus defeitos no serviço. Preciso manter a cabeça erguida e não prejudicar os outros ou acreditar que é verdade quando sou maltratada por alguém. Tento fazer isso o melhor que posso.

Todos somos iguais em NA – não importando o sexo. A nossa antiga maneira de ser precisa mudar. Estou mudando. Mantenho a cabeça erguida e sigo sendo assertiva. Que sentimento maravilhoso! Outros companheiros e companheiras me ajudam. As mulheres, que seguem limpas e prestando serviço, inspiram-me. Os homens que me tratam como igual me dão esperança.

Até mesmo os companheiros que discriminam estão me ajudando a crescer. Assim é NA. É a minha casa. É neste lugar que eu acredito, onde eu cresço, onde aprendo e busco conforto. Aqui, somos todos iguais – adictos doentes, tentando transformar os defeitos em experiências de vida positivas. Não sou tratada de forma diferente por ser uma mulher; sou tratada da maneira como cada pessoa que encontro aprendeu a tratar uma mulher. Não por mim, mas por sua própria história de vida.

Nan O, New Brunswick, EUA


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Serviço

Diversidade

Nos últimos anos, tem sido freqüente ouvir-se a palavra “diversidade” em Narcóticos Anônimos. Começaram a surgir oficinas sobre o tema nos programas dos dias de aprendizado. Os comitês de convenção buscam assegurar que a diversidade da nossa irmandade esteja bem representada em sua equipe de oradores. A diversidade aparece, constantemente, como tema principal de convenções, inclusive da próxima convenção mundial. Afinal, o que é diversidade, e como se tornou nosso ponto forte, quando poderia muito bem ser uma fraqueza nossa?

Desde os primórdios, NA teve de lidar com a diversidade. Os fundadores de NA queriam adaptar os Doze Passos de Alcoólicos Anônimos para um programa dirigido a adictos a drogas, mas logo se depararam com um problema. Como poderiam promover uma atmosfera de identificação – tão necessária à recuperação – quando havia adictos de todos os tipos diferentes?

Um simples desvio de foco mostrou ser a resposta a um grande dilema. Os fundadores de NA poderiam ter redigido o Primeiro Passo assim: “Admitimos que éramos impotentes perante as drogas...” Ao invés disso, utilizaram a palavra “adicção”, sabendo que todos os adictos, independente de sua droga de escolha, sofrem da doença da adicção, aquela coisa dentro de nós que torna impossível controlar o uso de drogas. Uma questão que tinha o potencial de nos dividir e destruir, ao contrário, tornou-se um dos principais laços a unir a irmandade.

Este, contudo, não foi o fim das questões ligadas à diversidade. No final dos anos oitenta e início dos anos noventa começaram a surgir diversas áreas problemáticas.

Primeiro, as reuniões de “interesse especial” – reuniões de mulheres, de homens, gays e lésbicas, HIV-positivos, de jovens etc. Muitas pessoas dão como certa a existência deste tipo de reunião. Constam das listas de reuniões em toda a irmandade, e as pessoas, simplesmente, as freqüentam ou não.

Entretanto, alguns membros consideram sua existência uma violação ao princípio da unidade. Homens freqüentam as reuniões de mulheres – e vice versa – como forma de protesto. Alguns comitês de serviço de área decidiram não divulgar tais reuniões em suas listagens locais. Uma carta dirigida ao WSO dizia: “As reuniões de interesse especial existem unicamente para um segmento da irmandade. Por isso, são contrárias aos princípios espirituais das nossas tradições.” Outra dizia: “[As reuniões de interesse especial] são um lugar onde podemos nos sentir seguros o suficiente, por tempo suficiente, para aprender a auto-aceitação que todos precisamos desenvolver para o trabalho dos passos.” A discussão esquentou. Tornaram-se cada vez mais freqüentes as trocas de acusações, e alegadas “violações das tradições”.

Os defensores das reuniões de interesse especial foram surpreendidos pela aprovação das Diretrizes para Convenções na WSC 87, onde constava ser inadequado realizar esse tipo de reunião nas convenções mundiais.
Então, a controvérsia eclodiu na WSC 88. Naquela conferência, foi formado um comitê ad hoc para “ajudar a irmandade a chegar a um entendimento e talvez a uma solução para a questão das reuniões de interesse especial”.

O comitê ad hoc apresentou seu relatório à WSC 89. A sua conclusão foi que não parecia haver nas Doze Tradições qualquer evidência contrária às reuniões de interesse especial e que, se fossem realmente necessárias, elas se afirmariam; caso contrário, não prosperariam.

Outro argumento a favor da diversidade ficaria evidente na WSC 92. Fora programada uma apresentação sobre o tema preconceito.

Os membros do painel partilharam suas perspectivas pessoais e experiências com o preconceito em NA – racismo, discriminação sexual etc. Então o debate foi aberto aos presentes. Em poucos segundos, já era imensa a fila ao microfone. Parecia que todos ali já haviam sido agredidos pelo preconceito. As pessoas falaram sobre sentirem-se excluídas devido à cor da pele, ao sexo, aspecto físico, idade, religião, deficiências, nível de instrução, e assim por diante. Com as partilhas, a identificação foi tomando conta do local de reunião. Os presentes se identificavam uns com os outros devido a suas diferenças, pela sua... diversidade.

Por fim, o crescimento mundial de NA suscitou algumas das maiores preocupações com nossa diversidade. Seria o conceito de um Deus da nossa própria compreensão uma idéia exclusivamente ocidental? O que aconteceria em países onde a admissão da adicção acarretasse a pena de morte? E o apadrinhamento? Será que a nossa mensagem transcende de verdade as diferenças culturais, conforme formulado em resolução adotada na WSC 92?

Mais uma vez, parece que o crescimento mundial de NA apenas nos fortaleceu. Com o aumento das reuniões em novos países, também aumentou a necessidade de literatura de recuperação em diversos idiomas. A irmandade como um todo respondeu a essa demanda, mais uma vez priorizando a tradução de literatura de NA.

As próprias reuniões de NA são um belo exemplo da diversidade da nossa irmandade e da sua importância para os adictos em busca de recuperação. Nas comunidades de NA mais desenvolvidas, você pode ir a reuniões de oradores, de partilhas, temáticas ou a uma combinação destes formatos. Você pode ir a uma reunião grande, onde há uma atmosfera alegre e tumultuada e encontrar muitas pessoas que você não conhece. Você pode freqüentar uma reunião pequena e intimista, onde a atmosfera é calma e discreta, com um grupo regular de freqüentadores semanais. Pode ir a um grupo bem delineado (poucas leituras, nada de fichas ou aniversários de recuperação) e com o máximo de partilhas, ou a um outro em que as fichas sejam o foco principal, comemoradas com bolo e cantoria. Com tantos estilos diferentes, formatos e ânimos representados nas nossas reuniões, todos os adictos conseguem encontrar uma que atenda a seus anseios.

Constantemente, as Doze Tradições são citadas como fronteiras rígidas que não devemos ousar transpor – e elas nos proporcionam um espaço seguro dentro do qual podemos levar nossa mensagem. Neste espaço, ficamos protegidos de qualquer coisa que poderia nos separar. Não devemos temer as diferenças que compõem a nossa irmandade. Pelo contrário, quanto mais força tivermos enquanto indivíduos, mais forte estará NA quando nos unirmos em nosso propósito comum. Quando rendemos nossas vontades individuais a uma única autoridade – um Deus amoroso – começamos a tatear a força de um poder maior do que o nosso próprio.

As controvérsias que poderiam ter dividido NA levaram-nos, contraditoriamente, a reconhecer nossa diversidade, a aceitá-la e até celebrá-la. O fato de terem vindo à tona – juntamente com intensa dramaticidade e previsões a respeito da derrocada de NA, terem sido detonadas e depois dissipadas, só prova que os laços que nos unem são, na verdade, mais fortes do que aqueles que nos separariam.

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A participação de NA junto à ACA

Craig R, Coordenador
Comitê de H&I da WSC

Você consegue se imaginar passando três dias inteiros com diretores de presídios, administradores carcerários e curadores de condicional?

Não, não é um pesadelo com drogas. Foi a Conferência de Inverno da Associação Penal Americana (em inglês, ACA). A ACA é a maior organização do mundo em autoridades penais, e sua conferência de inverno, realizada em San Antonio, Texas, teve a participação de mais de 3.400 membros da ACA. Suas conferências parecem um pouco com as nossas convenções. Há reuniões e oficinas, mas também uma grande quantidade de demonstrações – celas portáteis, equipamentos de segurança e sensores, uniformes de presidiários – de tudo um pouco, desde armas até bíblias.

Tive a oportunidade de assistir à conferência como coordenador do Comitê de H&I da WSC, juntamente com Bob Stewart, diretor de marketing do WSO. Que marco para NA, e que experiência pessoal divertida para mim!

Apesar de ser a quarta conferência da ACA em que montamos um stand com informações e literatura de NA, foi a primeira vez em que pudemos fazer uma apresentação. Fomos convidados a participar juntamente com os oradores da fundação Hazelden e do Cornerstone Treatment Network. O tema da oficina foi “A Eficácia dos Programas de Doze Passos versus Outras Modalidades de Tratamento”. Diante de uma platéia de 65 a 70 pessoas, prestamos informação sobre NA e como levamos nossa mensagem a hospitais e instituições. Foi uma experiência excitante! O painel respondeu às perguntas da audiência, muitas delas semelhantes às que normalmente ouço nos dias de aprendizado de NA. Por exemplo, pediram-me para esclarecer a diferença entre AA e NA. Por alguns instantes, acreditei que algum companheiro de NA havia formulado aquela pergunta propositalmente, para me manter com os pés no chão.

Como vocês podem ver, saímos de lá agradecidos e otimistas. Minha gratidão gira em torno de como NA mudou a minha vida e de como sou privilegiado em poder partilhar essa mudança com os outros. Mais grato ainda eu fico quando percebo que este esforço poderá resultar em mais adictos podendo experimentar nossa maneira de viver. Agradeço o empenho dos companheiros que prestaram serviço antes de mim. Sua previdência e visão possibilitaram que assistíssemos e participássemos deste tipo de evento. Tenho esperança que o melhor de NA está por vir, quando nos tornarmos reconhecidos e respeitados como um programa viável de recuperação.


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Afinal, de que tipos 
de adicção trata NA?

Jeff Gershoff,
Coordenador de
Serviços de Grupos do WSO

“Sou membro de NA há seis anos. Freqüento três a quatro reuniões por semana. Tenho um padrinho (uma madrinha) que também é companheiro(a) de NA. Sigo suas recomendações. Pratico os passos o melhor que posso. Trabalhei os passos por escrito, sob orientação do padrinho (madrinha). Quando cheguei à irmandade, pesava 72 kg, agora peso 86. Tenho apenas 1.72 m de altura. Porque fiquei tão gordo(a); porque não consigo perder peso? Não devo estar trabalhando o programa direito. Como o tempo todo, e não consigo me controlar. Todos os dias prometo que vou reduzir minha alimentação, e todas as noites eu fracasso e fico comendo biscoitos e batata frita em frente à TV, até a hora de dormir. Sinto-me desanimado(a).”

Podemos aproveitar o exemplo acima para substituir por qualquer destes cenários: “Não consigo parar de comprar, não consigo parar de fumar, não consigo parar de procurar prostitutas ou bares de solteiros, não consigo parar de jogar. O que há de errado comigo? Por que NA não me cura de todos estes problemas de comportamento?”

Ouvimos adictos reclamando destas coisas o tempo todo nas reuniões, no café depois da reunião, ao telefone. Isto pode levar à percepção de que NA esteja falhando para muitas das pessoas que vêm em busca de ajuda, ou que os adictos estejam falhando na execução do seu programa. Será isso mesmo, ou haverá outra explicação? Será que NA não está realizando o que se espera, ou serão as pessoas que esperam mais de NA do que é a sua função. Em suma, esperam que NA seja tudo para todos.

Nosso primeiro passo diz que “Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.” Para tentar esclarecer de que tipo de adicção trata esse primeiro passo, pesquisei nossa literatura. O Boletim n.º 17 do WSB diz: “E quanto a outros tipos de adicção? Para nós, a palavra adicção refere-se, na realidade, à adicção a drogas. Nossa Terceira Tradição menciona que O único requisito para ser membro é o desejo de parar de usar. Claramente, queremos dizer ... o desejo de parar de usar drogas... Se ampliássemos o foco para incluir outros tipos de adicção, acreditamos que abalaríamos seriamente a atmosfera de identificação nas nossas reuniões.”

No nosso Texto Básico, página 3, diz que “Um adicto é simplesmente um homem ou uma mulher cuja vida é controlada pelas drogas.” E, ainda, na página 12 de Funciona: Como e Porque (do original em inglês), encontramos: “Não importava o quanto nos debatêssemos; chegávamos, por fim, ao ponto de rendição, quando percebíamos nossa incapacidade de parar de usar drogas sozinhos. Conseguimos admitir nossa impotência perante a nossa adicção. Desistimos, completamente.”

Por tudo o que vimos acima e por outras passagens da nossa literatura, poderíamos concluir que Narcóticos Anônimos fosse um programa focalizado apenas na recuperação da adicção ativa das drogas, e que quaisquer outros benefícios suplementares fossem gratuitos e desnecessários no âmbito de análise ou controle do adicto, enquanto indivíduo, ou dos Doze Passos de Narcóticos Anônimos.

Mergulhemos, porém, mais profundamente em nossa literatura. Será possível encontrar declarações aparentemente contraditórias em relação ao que vimos acima? Ainda na página 12 do livro Funciona: Como e Porque: “A doença da adicção pode se manifestar em variadas obsessões mentais e ações compulsivas, sem nenhuma relação com as drogas. Podemos nos perceber obcecados e compulsivos em relação a outras coisas com as quais nunca antes tivéramos problema, até pararmos de usar drogas. Podemos mais uma vez tentar preencher com algo externo o terrível vazio interior que às vezes sentimos. Sempre que estivermos usando alguma coisa para mudar a maneira como nos sentimos, precisamos aplicar os princípios do Primeiro Passo.” E na página 9 da mesma fonte: “Tratamos aqui da obsessão e compulsão como elas se aplicam ao uso de drogas, porque a nossa adicção a drogas é o que nos identifica com os outros e com o programa, quando chegamos aqui pela primeira vez. Na continuidade da nossa recuperação, perceberemos como esses aspectos da nossa adicção podem se manifestar em diversas áreas das nossas vidas.”

O que pareceu a princípio ser preto no branco é, na verdade, bem mais ambivalente do que imagináramos anteriormente. Uma vez que Narcóticos Anônimos não tem profissionais e é um programa de sugestões, e não de “deveres”, existem muitas ocasiões em que é tênue a linha divisória entre a maneira certa e errada de fazer uma determinada coisa. Isto nem sempre se aplica (como no caso da tradições etc) mas, nesta situação, ou seja, na aplicação dos Doze Passos de Narcóticos Anônimos a comportamentos não relacionados a drogas, que nos atormentam na nossa vida, parece-me que o próprio membro deverá determinar, em última análise, o que funciona e o que não funciona para ele. Uma coisa ficou patente, quando entrevistei alguns companheiros com tempo de recuperação considerável em NA: quase todos os membros de NA com quem conversei acreditam que os Doze Passos podem ser aplicados a, virtualmente, qualquer área da vida de um indivíduo, onde a obsessão e a compulsão estejam enraizadas e se recusem a sair. Também é óbvio, pela grande profusão de outras irmandades de auto-ajuda, como Comedores Compulsivos Anônimos, Compulsivos Sexuais Anônimos, Jogadores Anônimos, Prostitutos Anônimos etc, que é bastante difundida a noção de que os passos funcionam em outras áreas-problema, além da adicção a drogas.

A título de conclusão, gostaria de acrescentar algumas observações. A primeira: em Narcóticos Anônimos, somos todos adictos a drogas. Não pode haver engano a esse respeito. Existe um requisito para ser membro da nossa irmandade, que é o desejo de parar de usar (drogas). Em segundo lugar: alguns de nós talvez precisem abrir um pouco a guarda das suas certezas quanto ao que os Doze Passos se aplicam ou não se aplicam. Apesar do nosso foco, em Narcóticos Anônimos, ser o desejo de parar de usar drogas, tudo indica que os Doze Passos podem ajudar muitos adictos também em relação a outras áreas-problema de suas vidas, somadas à adicção a drogas. Terceiro: temos plena confiança no resultado da aplicação dos Doze Passos de NA à adicção a drogas; contudo, esse resultado já não é tão claro para nós quando os 12 Passos são aplicados a outras áreas. Em outras palavras, no fim das contas, NA é um programa de recuperação da adicção a drogas. Admite-se que nossos métodos de recuperação possam ser aplicados a outras áreas das nossas vidas, entretanto, os resultados não são igualmente previsíveis nem são, por definição, da alçada de Narcóticos Anônimos.


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Qualquer pessoa pode juntar se a nós: 
construindo uma irmandade verdadeiramente diversificada

Melissa W, Membro Consultivo
Monika C, Membro do Pool
Comitê de IP da WSC

Com simplicidade, a Quinta Tradição declara que o propósito primordial de NA é levar a mensagem ao adicto que ainda sofre. Este princípio nos assegura que esta é a nossa casa, independente da nossa idade, raça, sexo, identidade sexual, credo, religião ou falta desta.
 

À luz destes princípios, pense na comunidade em que você vive. Então observe as suas reuniões e veja, de verdade, quem são os freqüentadores. Acima de tudo, perceba quem não freqüenta esses grupos. Como podemos ajudar esse adicto que sofre a encontrar nossas salas e a identificar-se com as nossas partilhas?

Nossa responsabilidade enquanto membros de NA e servidores dos comitês de IP é formular planos para alcançar aqueles que estão faltando em nossas reuniões. Comece pelo seu próprio grupo de escolha. Será que aqueles rostos familiares que você encontra todas as semanas refletem a composição da comunidade que o cerca?

Esta tarefa poderá parecer difícil a princípio. Se não estão em nossas reuniões, como poderemos saber quem são essas pessoas? Mas é simples assim mesmo. Para você ter uma idéia, pense em todas as pessoas da comunidade: por exemplo, idosos, jovens, deficientes auditivos ou visuais, mães solteiras, pessoas de diferentes etnias, homens e mulheres, profissionais e operários. Se nossas reuniões não refletirem a diversidade à nossa volta, possivelmente isto não quer dizer que esses subgrupos não tenham adictos entre eles. É mais provável que não tenhamos, ainda, conseguido alcançar esses adictos.

A esta altura você já deve estar pensando: “Afinal, qual é a importância dessa diversidade? E o que isto tem a ver, exatamente, com a informação ao público? E comigo?”

A diversidade é uma parte essencial dos alicerces de NA. No texto da Tradição Um do livro Funciona: Como e Porque diz assim: “Todos temos interesse em manter a unidade que existe por trás do bem estar comum [de NA]... A importância da unidade incentiva os grupos a olharem para além de seus pequenos mundos, em direção às necessidades comuns da Irmandade mundial de NA... Com uma atitude de mente aberta, procuramos compreender outras perspectivas... Quando trabalhamos para manter a vitalidade de NA, não estamos apenas trabalhando para nós, mas também para aqueles que ainda irão se juntar a nós... Nossa capacidade de sobreviver como irmandade e de alcançar outras pessoas depende da nossa irmandade.”

No texto da Tradição Cinco lê-se: “Nosso propósito primordial é levar a mensagem ao adicto que ainda sofre. “ Nosso Texto Básico ressalta que “mais do que qualquer outra coisa, uma atitude de indiferença ou intolerância com os princípios espirituais irá derrotar nossa recuperação. Três destes princípios são indispensáveis: honestidade, mente aberta e boa vontade.

Por alguns instantes, gostaríamos de nos deter na questão da mente aberta. O incentivo à diversidade é um trabalho de mente aberta. Precisamos de mente aberta para admitir que nós, enquanto indivíduos ou comitês, não estamos empenhando todos os esforços ao nosso alcance para tornar NA um lugar receptivo. A admissão das nossas falhas e boa vontade para mudar também requerem honestidade. Se existem adictos que ainda não ouviram falar em NA ou que não vêm para NA pelas coisas que fazemos ou deixamos de fazer, então estamos falhando com o adicto que sofre, com a irmandade como um todo e conosco. Narcóticos Anônimos estava aqui quando chegamos. Cabe a nós fazer o possível para que NA exista para todos os adictos que precisem da irmandade.

Por que devemos fazer um esforço especial para alcançar os adictos que não estejam representados nas nossas reuniões? Será que o trabalho tradicional de IP não acabará por atingir a todos?

Não, necessariamente. Por mais que tentemos estar à altura da nossa Terceira Tradição – não tendo quaisquer outros requisitos para nossos membros além do desejo de parar de usar – descobrimos que, muitas vezes, a forma como levamos nossa mensagem acaba criando outros requisitos.

Por exemplo, se um adicto for analfabeto, não encontrará NA através de um cartaz ou anúncio no jornal, ou descobrindo um Texto Básico na biblioteca pública. Ou talvez os grupos de uma determinada área não permitam o acesso de cadeiras de rodas; esta situação poderia criar um “requisito” para ser membro: ter que andar. E se todos os nossos cartazes forem colocados em determinados lugares da cidade, onde certos adictos jamais os verão? Pode ser que nossos anúncios de informação ao público sejam veiculados em uma linguagem que metade da cidade não compreende. Você já imaginou uma reunião repleta de gente completamente diferente de você em termos sociais, raciais, sexuais etc? Talvez você não permanecesse na reunião por tempo suficiente para ouvir a sugestão para que o recém-chegado focalize nossos pontos comuns – adicção e recuperação.

Em certos lugares, estamos crescendo em termos numéricos, mas não em diversidade. Os recém-chegados são, em sua grande maioria, pessoas do mesmo grupo étnico e classe social dos freqüentadores das reuniões. Se fosse apenas um reflexo da comunidade à nossa volta, não haveria problema; porém, não é o que ocorre na maior parte dos casos.

Podemos interpretar esta situação como sucesso em levar a mensagem a determinados segmentos da sociedade. Chegou a hora de utilizarmos este sucesso para alcançar todos os adictos em todas as comunidades.

Uma maneira de começar é realizando um inventário do grupo, área ou região. Deverá focalizar os diferentes aspectos do seu grupo; como está sendo levada a mensagem, composição geral das reuniões, características da sua localização, como acesso a cadeiras de rodas, disponibilidade de recursos, como literatura impressa em caracteres grandes, e nos idiomas apropriados. O catálogo de produtos do WSO fornece uma lista completa da literatura de NA e material de serviço, incluindo edições com caracteres ampliados e abrangendo diversos idiomas. Para maiores informações de como realizar um inventário do grupo ou comitê de serviço, veja o Guia de Serviços Locais em Narcóticos Anônimos. Conhecendo-se os recursos disponíveis e tendo-se uma idéia clara da irmandade local e da sua comunidade, os esforços de IP poderão ser melhor direcionados.

Considere a possibilidade de escolher um segmento da sua comunidade local que não esteja presente nas reuniões e desenvolva um projeto específico para levar a mensagem de NA a essa parcela da sua comunidade. Apresentamos algumas sugestões:

A meta da informação ao público é fazer com que o público, todo ele, saiba o que é NA e como nos encontrar. Como e onde prestamos as informações sobre NA é um dado fundamental para o estímulo ao crescimento de uma irmandade diversificada. Todo o esforço que fizermos, por menor que seja, terá um impacto. Os resultados valem o esforço.

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Levando a mensagem a institiuições para adolescentes

Javanne P, Membro Votante
Comitê de IP da WSC

Minha sensibilidade para levar a mensagem a instituições para adolescentes vem do Manual de H&I e da minha experiência pessoal. Um dos serviços mais compensadores e desafiadores que já realizei foi coordenar uma reunião de NA em instituição para menores mulheres.

Foi um desafio, porque só fiquei limpa aos trinta e oito anos, e nunca tive filhos meus. Meu primeiro impulso foi dizer àquelas “meninas” para não jogarem sua vida fora e que eu quisera ter ficado limpa na idade delas. Contudo, antes de participar da primeira reunião, li o Manual de H&I. Dizia que adictos eram adictos, independente da idade. A leitura ficou na minha mente, e me permitiu demonstrar respeito por aquelas jovens mulheres, adictas como eu, e que haviam sofrido como eu. Com o respeito que dei a elas, permiti que me retribuíssem respeito também.

Foi compensador, porque pude levar a mensagem. Apesar daquelas mulheres não se considerarem jovens demais para serem adictas, talvez nunca tivessem ouvido falar em NA, não fosse a reunião que realizamos. Foi gratificante dizer que havia um lugar para elas, onde pessoas iguais se divertiam e se ajudavam mutuamente a ficarem limpas e a viver a vida de uma forma que antes poderia parecer apenas um sonho.

Sempre que levo a mensagem, é importante lembrar como eu era antes de ficar limpa. Ficava revoltada sempre que alguém me dizia o que fazer e como fazer. Eu me sentia inferiorizada quando falavam assim comigo, como se soubessem mais do que eu. Como era fácil não ouvir alguém que viesse com aquele discurso de mais velho ou mais sábio...

Foi muito bom ter o Manual de H&I para me dar experiência, força e esperança. Gostaria de agradecer às pessoas que partilharam comigo, através do manual. Quando tenho fé em NA e me rendo ao programa, posso praticar essa fé, seguindo as sugestões dos adictos que vieram antes de mim.


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O meu alicerce

Jimmy K, Porto Rico
Membro Votante do
Comitê de H&I da WSC

Quando me envolvi com H&I, não fazia a menor idéia do quanto isso ajudaria minha recuperação pessoal. No início da minha recuperação, fui convidado a liderar um painel em um centro de desintoxicação. Naquela época, não havia procedimentos formais de eleição para a escolha dos líderes dos painéis. Simplesmente, íamos trabalhando à medida que os serviços apareciam. Como o Manual de H&I ainda não existia, muitas vezes aprendíamos pelo método da tentativa e erro.

Nas reuniões do comitê de H&I da minha área, aprendia a maneira correta de prestar o serviço. Conversávamos sobre nossos problemas e consultávamos uns aos outros, o que nos ajudava a não repetir os erros dos outros.

Meu padrinho havia iniciado o serviço de H&I na área. Em sucessão, dois de seus afilhados assumiram as posições da coordenação. Mal sabia eu que estava dando seqüência a uma tradição “consangüínea”. O que começou como um favor, de preencher o lugar de alguém que estava saindo, tornou-se depois uma verdadeira devoção a levar a mensagem de esperança e libertação da adicção ativa.

Este compromisso foi o início de uma série, que me ajudaria a compreender a importância do trabalho do Décimo-Segundo Passo, realizado através de H&I. O nível de gratidão em muito excede o esforço despendido. Quando me sentia por baixo, ou com vontade de usar, os compromissos de H&I me ajudavam a manter o fôlego e a perspectiva. Era sempre uma recompensa especial ver um paciente, interno ou cliente de uma apresentação de H&I aparecer, limpo, em uma reunião de NA.

Também desconhecia a dádiva do contato com outros companheiros, quando iniciei o trabalho de H&I. Desde então, tenho feito muitos amigos, e tudo isso se deveu à minha disponibilidade para aceitar compromissos e à responsabilidade de cumpri-los.

Prestei diferentes serviços para a irmandade, alguns voltados para eventos sociais, arrecadação de dinheiro e outras áreas necessárias à nossa existência. Entretanto, é o serviço de H&I que está solidamente embasado em meu coração. Como não há muitos louros ou reconhecimento por este tipo de trabalho, ajuda-me a manter o foco do serviço na recuperação.


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Onde você estará amanhã 

Saindo de férias? Mudança de endereço? Você quer saber o local das reuniões? Se este for o seu caso, não deixe para ligar para o WSO na véspera. O WSO precisa de duas semanas, na melhor das hipóteses, para atender ao seu pedido de informação a respeito de contatos e reuniões em determinada área. Sempre que possível, entre em contato com o departamento de Serviços à Irmandade (Fellowship Services) do WSO, um mês antes de partir:

WSO Fellowship Services
PO Box 9999
Van Nuys, CA 91409, EUA
Tel: (818) 773 9999, ramal x771


“Dicas” de procedimentos

David R, Vice-coordenador
Comitê de Procedimentos da WSC

No início da primavera deste ano, tive a oportunidade de assistir a um fim-de-semana de conferência regional (MARLCNA). Fui convidado a participar de uma oficina de procedimentos, programada para sábado de manhã cedo. Cheguei para a oficina e, como já imaginava, após ser apresentado ao grupo (de oito adictos), um deles falou: “Quero ouvir o cara do mundial de procedimentos”.

Essa foi a minha deixa para entrar em cena. Vejam, o Comitê de Procedimentos da Conferência Mundial de Serviço tem (a esta altura talvez deva usar a palavra “tinha”) uma área de atuação bem restrita: os procedimentos da WSC. Não costumamos nos comunicar com os comitês regionais e de área quando a conferência não está em sessão, a menos que sejamos contatados por algum motivo especial.

Quando concluí minha réplica, como antecipei, estava diante de uma platéia um tanto decepcionada. Esperavam respostas para alguns de seus problemas. Receberam algumas sugestões, que não vieram, contudo, da maneira esperada.

Então, onde deve ir um membro para discutir procedimentos? A quem deverão recorrer os comitês de área e regionais nas questões sobre procedimentos? Não acredito que haja uma resposta única; ao contrário, creio haver uma variedade de recursos que possam oferecer alguma orientação.

Em primeiro lugar, ocorrem-me as Doze Tradições e os Doze Conceitos. Assim como a resposta aos nossos problemas de vida estão normalmente contidas nos Doze Passos, as questões de procedimentos encontram-se respondidas em algum lugar daqueles princípios e diretrizes.

Não espere encontrar um livro-texto onde possa consultar um índice remissivo atrás da palavra “votação”, por exemplo, e encontrar um código legal com todos os aspectos de uma votação. De maneira inversa, os conceitos e as tradições nos apontam como devemos interagir, o que esperar dos outros e a nossa própria responsabilidade nos assuntos. Se nos dispusermos a investir o tempo necessário (que poderá ser um tanto prolongado), normalmente encontraremos material relacionado ao nosso problema. Na minha experiência, o que eu encontro nem sempre é o que eu “quero” encontrar. Às vezes, a resposta me obriga a tomar uma atitude que eu preferiria não tomar. Acredito que seja este o papel dos passos!

O próximo recurso é o nosso (já nem tão) “novo” Guia de Serviços Locais em Narcóticos Anônimos. Sim, eu sei. Muitos companheiros ainda não leram. Você não é o único, não. Bem, chegou a hora. Existem muitas alternativas, baseadas em experiências anteriores, para se evitar ou resolver problemas de procedimentos nos grupos, áreas e regiões. Um dos mais importantes e singelos princípios afirma que “a forma deverá vir depois da função”. Significa, apenas, que devemos ter cautela para não criar uma estrutura maior do que é preciso para realizar uma tarefa. Valioso conselho, na minha opinião.

Outro recurso muito importante são os outros grupos e comitês. Normalmente, nossos problemas não são inéditos. Assim como na nossa recuperação pessoal, muitas vezes, os outros já lidaram com as dificuldades em que nos debatemos. Então, como é que recorremos a esses outros grupos e comitês? Um excelente local de partida são as reuniões do CSA e do CSR. Outra boa oportunidade são as oficinas, como a que eu descrevia há pouco.

Por fim, temos no Escritório Mundial de Serviço uma grande fonte de consulta para questões de estatutos e procedimentos. Não, tampouco existe ali um “especialista” estatutário. Mas há modelos de diretrizes usadas pelos comitês de todos os cantos. Você pode receber cópias, é só pedir. Entre em contato com o Departamento de Serviços à Irmandade do WSO por telefone, fax, e-mail e correio comum.

Seria irresponsável da minha parte omitir o livro Robert’s Rules of Order. Grupos e comitês como os nossos vêm usando o Robert’s há mais de cem anos! Creio que, quanto maior o grupo, mais precisamos do Robert’s Rules. O inverso também é verdadeiro. Apesar do texto ter lá seus méritos, às vezes nos deixa confusos e desconcertados com toda a “ginástica parlamentar”. Sem um consultor parlamentar à nossa disposição para orientar a aplicação dessas normas, freqüentemente acabamos interpretando e utilizando erroneamente esses procedimentos que deveriam estar nos ajudando.

Portanto, da próxima vez que tiver uma dúvida sobre estatutos e procedimentos, não esqueça que você não está sozinho. Lembre-se de que existem muitos recursos à sua disposição.


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H&I SlimH&I Slim

Os leitores do H&I News conhecem o H&I Slim. Para aqueles de vocês que ainda não tiveram o prazer, H&I Slim é o tipo do cara incrível. Está nos hospitais e cadeias do mundo todo. Pode-se dizer que está em todos os lugares, e sempre de partida. Perguntas sobre H&I? Precisa de ajuda? Escreva para H&I Slim, aos cuidados do WSO.

Prezado H&I Slim,
Sei que nosso estatuto fala a respeito de darmos nosso telefone em instituições penais; mas, e quanto aos centros de tratamento? Temos centros de curto e de longo prazo e, freqüentemente, pedem-nos nosso telefone. A discussão já tomou conta das nossas reuniões do subcomitê. Por favor, ajude!

Recuperando-me em Memphis

Prezado Recuperando-se,
Nunca é uma boa prática distribuir telefones pessoais a residentes de qualquer instituição. Podemos, contudo, distribuir os números de telefone de nossa linha de ajuda da área ou regional, entregar listas das reuniões locais e dizer aos companheiros de NA potenciais que teremos prazer em encontrá-los nas reuniões de NA regulares, onde os telefones dos membros de NA poderão ser informados livremente.

H&I Slim

Prezado H&I Slim,
Há doze anos, nosso subcomitê de H&I vem realizando reuniões/apresentações junto ao Departamento de Estado para Instituições Penais. A cada mudança na sua administração surgem novos problemas. Recentemente, fizeram uma exigência para que os líderes dos painéis preencham uma ficha completa para voluntários; existe uma versão abreviada do formulário para os membros do painel. Eles nos garantiram que somente o diretor do programa terá acesso às fichas, e que a informação prestada não servirá para impedir nosso ingresso nas prisões. A idéia desagrada a muitos membros do subcomitê. O que podemos fazer?

Precisando de Sugestões

Prezado Precisando,
Poderá ser útil realizar uma apresentação de IP/H&I à administração, com ênfase na nossa Décima-Segunda Tradição. Utilizando esse espaço para apresentar suas preocupações e para ouvir o que a administração tem a dizer, talvez consigam chegar a uma solução satisfatória para vocês e para a instituição.

Em última instância, a decisão final cabe a cada adicto, enquanto indivíduo. Alguns adictos poderão se sentir por demais desconfortáveis com a idéia de prestar as informações pedidas na ficha, enquanto haverá outros que não se importarão em absoluto.

H&I Slim

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Guarde bem

 
Esta bonita região é conhecida como Castle Hill. Aqui foi realizada uma reunião ao ar livre à meia-noite, durante a mais recente “Convenção-camping” regional da Nova Zelândia. 

Funcionário em destaque

Você já ligou ou escreveu para o Escritório Mundial de Serviço? Ou já quis ligar, mas não teve certeza se deveria? Muitos companheiros perguntam o que o WSO faz, além de despacher a literatura. Alguns sabem o que o WSO faz, mas não sabem a quem procurar quando telefonam.

Pensamos que talvez pudesse ser útil apresentarmos aqui alguns dos funcionários do WSO, descrevendo suas responsabilidades. “Funcionário em destaque” será uma coluna regular da NA Way Magazine.
 
A funcionária deste mês é Sylvia Cordero. Começou a trabalhar para o WSO em agosto de 1988. Sua função inicial era digitar os registros de grupos e servidores de confiança e as assinaturas da NA Way no banco de dados do WSO. Também era responsável pela atualização das reuniões no já extinto Diretório Mundial. Logo após a contratação de Sylvia, a direção do WSO percebeu que era inviável publicar uma lista mundial de reuniões que não estivesse desatualizada antes mesmo de ser publicada.

O WSO começou imediatamente a utilizar o talento bilingüe de Sylvia, encarregando-a do envio dos kits em espanhol Como Iniciar um Grupo, da tradução de alguma correspondência e das ligações de pessoas de língua espanhola.

Em 1994, Sylvia foi definitivamente transferida para o setor de atendimento ao cliente, para atender os compradores de literatura em espanhol. Ela anota pedidos de literatura por telefone, e responde a qualquer pergunta sobre os produtos oferecidos pelo WSO. Também processa todos os pedidos expedidos pelo WSO-Chatsworth e WSO-Canadá, e registra os pagamentos dos pedidos de literatura, efetuando diariamente os depósitos na conta bancária.

Sylvia começou a aprender português há alguns anos atrás, e hoje já pode auxiliar nos telefonemas em português também.

Então, se você fala espanhol, português ou inglês, e ligar para o setor de atendimento ao cliente, dê um “alô” para a Sylvia. A parte preferida de seu trabalho é falar com as pessoas, e ela ficará satisfeita com seu telefonema.
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Cessão de direitos autorais

Todos os artigos submetidos deverão ser acompanhados deste documento de cessão de direitos autorais, assinado:

Eu, abaixo assinado, concedo a World Service Office, The NA Way Magazine, seus sucessores, prepostos, e todos aqueles que agirem em seu nome, autorização para publicar o material original em anexo.

Compreendo que esse material será editado e, ainda, que poderá vir a ser reproduzido em outras publicações da irmandade de NA. Tenho total capacidade legal para conceder esta autorização e eximo World Service Office e a The NA Way Magazine de qualquer queixa apresentada por mim, meus sucessores e/ou prepostos.

Assinatura: _________________________________

Data: ______________________________________


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