Table
Of Contents
Fomentando
o crescimento
da
irmandade
Editorial
Então,
você quer mudar NA?
NA
na África do Sul:
um
diamante bruto 6
Crescimento
e mudança
Um
pouco de tudo, para todos Os números da WCNA
Um
apelo por melhor comunicação
Uma
vez camelo...
Reuniões
na ilha, convenções de NA ...
e
desenvolvimento da irmandade?
Convenção
e controvérsia
Cartas
à redação
Os
laços que nos unem
Todos pertencemos:
medicação
em recuperação
Reposta
do leitor
Reposta
do leitor
Vejam
só!
Novos
produtos do WSO
Quadrinhos
do “Grupo de Escolha”
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Lembro-me da época
em que prestei serviço ao comitê executivo da minha área,
anos atrás. Após quase todas as reuniões da área,
alguns de nós nos sentávamos para conversar e trocar informações.
Reclamávamos de um RSG raivoso e cheio de opinião, de como
a metade dos RSGs saía após apanhar sua literatura e as divulgações
de festas, de como estavam despreparados alguns dos coordenadores, das
moções mal alinhavadas e dos quebra-cabeças parlamentares
que pareciam enlouquecer todo mundo. Não ficávamos apenas
reclamando, e não éramos os únicos a perceber aquelas
coisas. Estas situações devem soar bastante familiares para
qualquer um que tenha prestado serviço. De qualquer forma, além
de conversarmos sobre o problema, também tentávamos buscar
soluções. Propúnhamos uma ou outra sugestão
– não entregar os pedidos de literatura antes de estarem em pauta
os assuntos novos, acomodar a agenda, criar formulários para os
relatórios de comitê, amordaçar o raivosinho (essa
foi brincadeira) – e terminávamos sempre por chegar à mesma
conclusão. Poderíamos colocar panos quentes no problema,
porém, nada mudaria de fato enquanto as pessoas não começassem
a ter algum tempo limpo e de recuperação.
Também recordo ter
ficado estarrecida algumas vezes, nestes anos, com o relato de coisas que
os padrinhos faziam ou pediam a seus afilhados. Uma pessoa me contou que
seu padrinho ameaçou atirar nela se fizesse terapia. Já vi
padrinhos investirem enormes quantias de dinheiro e de tempo em seus afilhados
– com algumas condições e, claro, a conseqüente fúria
e abandono quando o afilhado não atendia às expectativas.
Acima de tudo, já vi muitos padrinhos se comportarem como o pior
e mais crítico dos pais que já fizeram seus filhos irem parar
diretamente no divã do psiquiatra. E vergonha, então! Assim
como naqueles momentos após as reuniões da área, também
conversei estes assuntos com alguns de meus amigos. Mais uma vez, acabávamos
por chegar à mesma conclusão. Nada mudaria tão substancialmente,
até que tivéssemos mais gente com os passos trabalhados,
disponível para apadrinhar.
Por fim, mas não menos
importante, existe a situação de alguns anos atrás,
quando todos estavam muito, muito preocupados com o preconceito dentro
da nossa irmandade. Todas as convenções de que participei
tinham uma oficina sobre o tema. Ouvi histórias de terror, de como
regiões e áreas se dividiam em função de separações
raciais. E, obviamente, uma vez despertada a minha consciência, passei
a perceber alguns exemplos de racismo, sexismo e homofobia. Como a maioria
de nós é bem-intencionada (realmente acredito nisto), nós,
enquanto irmandade, queríamos expurgar de nosso meio os horrores
do preconceito. Então redigimos textos que apresentamos nas conferências.
Conversamos a respeito de modificar as referências a Deus nos nossos
passos, para que se tornassem neutros em gênero. E, como mencionei,
encontramos companheiros que haviam sentido na pele a dor do preconceito,
e pedimos a eles que a partilhassem nas oficinas das convenções.
Depois de tudo isso, acabamos por chegar a uma conclusão bastante
familiar. Nossas atitudes eram um reflexo da nossa recuperação
e, quando ela estivesse fortalecida, a situação mudaria.
Você quer que NA cresça?
Você quer realizar nosso sonho, de que nenhum adicto precise morrer
sem ter a chance de encontrar uma melhor maneira de viver? Você pode
realizá-lo. Basta trabalhar sua própria recuperação.
Gina L, Califórnia,
EUA
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